Já começo a conversa trazendo o elogio sobre a acessibilidade que essa exposição tem. Dos vídeos com tradução em Libras, pontos de acesso de áudio descrição, objetos e fotografias com relevos táteis permitindo que mais pessoas possam acessar à exposição. Ainda tenho outro elogio, muitas fotografias tinham o nome das pessoas fotografadas. Para quem me conhece, sabe o tanto que me incomoda em exposições fotográficas de povos originários de cada território sem ser nomeado. É como se não fosse humano. É bom ver nome, mesmo que se pareça mais com um nome branco que do povo. Saber o nome indica uma história passada naquele território.
Entender a diversidade dos povos que Ailton e Hiromi ao subir os rios encontraram. Notar a diferença nas cestarias, nos adornos, nas atividades do dia a dia e festividades. Além das fotografias, ter a curadoria de Ailton Krenak tenha tornado evidente essa diversidade existente que ainda teimam em colocar como se fosse uma coisa só. E ainda ganhando pauta em escolas apenas no dia dos povos indígenas em abril. A quem trabalha com educação, sugiro ver a exposição. Há muita coisa para ver, ler e se permitir sentir.
Esta exposição está no primeiro andar do Centro Cultural Banco do Brasil. O espaço funciona de quarta a segunda de 10 às 20 horas. E tem entrada gratuita para as exposições.
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